Estudantes de
norte a sul do país utilizam o tempo livre para apoiar os outros e
saber como lidar com os doentes. São unânimes: recebem mais do que dão e
existe sempre tempo quando há vontade. Esperam não esquecer as queixas
que agora ouvem.
Joaquina está à
varanda do seu terceiro andar na Infante Santo, em Lisboa. Desculpa-se
com o lindo dia de sol, mas na verdade está à espreita para ver quando
chegam Marco Fernandes e Rita Silva, estudantes do 6.º ano de Medicina,
voluntários do Saúde Porta a Porta. Dá-lhes conta das mazelas, dos
remédios e da próxima consulta de dermatologia. Eles medem-lhe a tensão e
a glicemia, auscultam-na. Mas do que ela mais gosta é daquele hora de
conversa. Não é que foi a uma urgência e o médico mal a viu? "Nem olhou
para mim. Nem cara bonita nem feia." Resultado: não comprou os
medicamentos.
Marco e Rita, de 23 anos,
são dois das centenas de futuros médicos que veem no voluntariado uma
componente cívica, mas também uma aprendizagem...
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