quarta-feira, 29 de junho de 2016

Fui para dar vida à minha vida

Aos 62 anos, Liliana Palhinha aproveitou uma licença sem vencimento para passar três semanas na Grécia como voluntária independente. Chegou a Atenas num momento crítico, depois do acordo de 18 de Março.


Em todas as fotografias que me tiraram nos campos de refugiados da Grécia apareço a sorrir. Documentei esta experiência nas redes sociais e ficou tudo muito surpreendido com o meu ar de felicidade. Mas não era só eu. Vi o mesmo sorriso em todos os voluntários que lá encontrei. Este é o outro lado da história, o lado luminoso da história. Os voluntários vão para lá ajudar na cozinha, nos armazéns, a dar aulas de Inglês, a entreter os miúdos. Há quem leve rolos de papel cenário e tintas para ocupar as crianças e os jovens com expressão plástica, há quem os leve à praia para os ensinar a nadar, para os distrair ou para tentar ajudá-los a superar o trauma do naufrágio nos casos em que isso aconteceu. Aquelas pessoas estão a viver ali agora. Aquela é a vida delas e a vida delas não é chorar de manhã à noite. Há momentos de brincadeira e de aparente normalidade. O nosso papel não é puxar as memórias dolorosas, mas contribuir para aliviar o peso emocional daquilo por que passaram e estão a passar. Aproximamo-nos muito das pessoas e elas agradecem.

Também me perguntaram se fiquei muito chocada com as condições nos campos, mas eu já tinha visto em fotografias e na televisão.

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Fonte da notícia: https://www.publico.pt/sociedade/noticia/fui-para-dar-vida-a-minha-vida-1735032
Fonte da imagem: https://imagens4.publico.pt/imagens.aspx/1056184?tp=UH&db=IMAGENS

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